terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mensagem de um idoso:


Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me...
Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você diz, procure entender-me...
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência...
Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor não se irrite,
tentei fazer o melhor que pude...
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para conversar comigo ou simplesmente partilhe um sorriso, sinto-me tão só...
Se lhe contei pela terceira vez a mesma "história" num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me...
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho...
Se estou doente e sou um peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha Idade...
A única coisa que desejo neste meu final da jornada,é um pouco de Respeito e de Amor...
Um pouco... do que lhe dei um dia!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

'não brinque com o que você não conhece'.



Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137.

O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens se depararam com um aparelho de radioterapia abandonado. Então tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles.

O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que continha realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seus interesses, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho.

O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira que, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com o sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.

Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança. Todos acreditavam estar diante de algo sobrenatural e alguns até levaram amostras para casa. A exibição do pó fluorescente decorreu 4 dias, e a área de risco aumentou, pois parte do equipamento de radioterapia também fora para outro ferro-velho, espalhando ainda mais o material radioativo.

Algumas horas após o contato com a substância, vítimas apareceram com os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarreia e tonturas). Um grande número de pessoas procurou hospitais e farmácias clamando dos mesmos sintomas. Como ninguém fazia ideia do que estava ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação.

Somente no dia 29 de setembro de 1987, após a esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, é que foi possível identificar os sintomas como sendo de contaminação radioativa.

Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico nuclear para avaliar o acidente. Foi então que o físico Valter Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57, do Setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Diante de tais evidências e do perigo que elas representavam, ele acionou imediatamente a Comissão Nacional Nuclear (CNEN).

O ocorrido foi informado ao chefe do Departamento de Instalações Nucleares, José Júlio Rosenthal, que se dirigiu no mesmo dia para Goiânia. No dia seguinte a equipe foi reforçada pela presença do médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e do médico Carlos Brandão da CNEN. Foi quando a Secretaria de Saúde do estado começou a realizar a triagem dos suspeitos de contaminação em um estádio de futebol da capital.

A primeira medida tomada foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esse procedimento, as pessoas tomaram um quelante denominado de “azul da Prússia”. Tal substância elimina os efeitos da radiação, fazendo com que as partículas de césio saiam do organismo através da urina e das fezes.

As remediações não foram suficientes para evitar que alguns pacientes viessem a óbito. Entre as vítimas fatais estava a menina Leide das Neves, seu pai Ivo, Devair e sua esposa Maria Gabriela, e dois funcionários do ferro-velho. Posteriormente, mais pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local.

O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de 6000 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção etc.). Tal lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.

No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços.

Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para a assistência da qual necessitam, tanto médica como de medicamentos. Fundaram a Associação de Vítimas contaminadas do Césio-137 e lutam contra o preconceito ainda existente.

O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.



Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
                                                                      

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dançando Com A Vida ♪

Eu não devo nada a ninguém,
Eu não sou o mal nem o bem,
Tô no meio do caminho
Tô fazendo a minha estrada
Sem pedir carona.


Minha mãe me abençoou,
Meu pai não quis me dizer quem eu sou,
Me mostrou que só eu posso
Fazer minha história.
Eu, Tô... dançando com a vida,
De rosto colado,
Abraçando apertado,
Que delícia viver!


Fazendo a minha estrada,
Fazendo a minha história,
Eu faço passo a passo,
Minha humilde trajetória,


Irreverência é uma arte,
Eu faço a minha parte,
Eu improviso,
Eu sei aonde eu piso


E sei que meu sorriso te incomoda,
E você nem disfarça
E sei que sua força é uma farsa


E dessa farsa
Não quero ver de mais ninguém,
E não me liga lá,
pra me falar mal de meu bem,


Eu não ligo, não me digo,
o que a mamãe falou,
nem bem dizer,
que ouviu dizer do meu amor.

Não moça, não ouça por favor,
deve ser alguma engano
diz que eu não estou.

Alô! Ta me ouvindo,
que eu não sei se deu pra entender,
esquece isso que seu compromisso
é com você.



O que se colhe,é o que se planta,
não adianta
regar a planta,
com veneno na garganta.


Não é assim que a banda toca,
que o cão se toca,
não me provoca,
com esse tipo de fofoca.


E troca o disco,
e bota um som bom pra rola,
que a minha vida,
eu já tirei pra dançar.

Que delícia é viver!